sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

No trabalho

- Ai, mas você gosta desses caras? As músicas deles são chatinhas demais
- Não, mas ele gosta tô tentando gostar mais ou menos
- Você costuma ir para lá(pa), eu não sabia...
- Eu vou, ele vai, eu vou para procurá-lo por lá(pa)

“A gente fala muito, cara! Fico pensando em quem escuta a gente.” – foi um amig“o” que desabafou. Jornalistas, TV, a técnica é praticamente dominada pelos homens. Num grupo que conta com pelo menos sete mulheres mais as extras, não dá para imaginar o que se passa na cabeça de quem não está acostumado com todas reunidas.Uma hora é um cinegrafista, outra um operador de áudio ou um editor enlouquecendo. São tantas idéias dadas ao mesmo tempo, vontades e vozes berrantes.
“Como é que elas conseguem falar tanto, conversam até quando o silêncio é necessário! E se entendem o que é inacreditável...” – ele completa o comentário.

- Ai, eu tenho dois teste para fazer, o que eu faço?
(Uma pensa, a outra fala, eu entro nessa também. Decidem)
- Remarca um, cara...
- É vou tentar
- Cara, eu tô apaixonada, gente! Aquele de Brasília, sabe? Mas eu e meu amor brigamos pela internet ontem, tô péssima.
(e se discursa mais uma vez sobre o mesmo assunto...)
- Quase não dormi esta noite também. Chorei tanto ontem.

Carinhas de tristeza passado de uma para as outras, dá para imaginar? Assim, biquinho, um meio sorriso e os olhinhos caidos.

- Por causa dele, novamente? Você não aprende – e lá se não mais dez minutos de “outro mesmo assunto”. – entre:
-Melhor cortar ai...
-Não, esta imagem não, garota.
- Assim está ridículo
- Ah é? Fica ridículo então

Matéria pronta, editadinha para ir ao ar.