quinta-feira, 8 de setembro de 2011

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por Tati Moraes

Eu vou te pedir. Aqui, deitada sobre seu peito, aproveitando esse clima bom: Não me prometa nada. Nem diga que vai fazer alguma coisa, que na verdade, nem tinha passado pela sua cabeça até você vir para me ver. Entendo que eu não fazia parte dos seus planos, imprevistos acontecem.


Exagerada, eu? Não, sem drama. Eu sei que você não é igual aos outros, posso imaginar, me perdoa a comparação. É que prefiro não me magoar mais uma vez. E eu já acreditei em tanta coisa que não era para acreditar. Desacreditei quando era para ter apostado todas as minhas fichas. Agora...

Não, claro que você não tem culpa. Desculpa, eu. Mas, é que eu não sou só legal. Saio do eixo de vez em quando. São muitas vezes por semana, tudo bem? Mas toda mulher sai. E ninguém é só legal. Tá rindo...

Conto os minutos, de um tempo que não passa, para você ter nome. Ter cheiro, tamanho e corte de cabelo. Ou falta de corte. E ter um colo bem grande para eu caber inteira. Está chegando? Ainda preciso tomar um banho, mas fico pronta rapidinho.