por Tati Moraes
Eu sei que fui eu quem te pediu para vir, preencher este lugar que é seu, aqui no meu peito e eu sinto vazio. Fui eu mesma que chamei, para você não me deixa sentir saudades de pessoas que não tem nada a ver com a gente.
E você veio. Foi um sonho tão real que acordei com mais saudades do que sentia quando deitei para dormir, sempre, pensando em você. Repetitivo, eu te procurava, procurava e tinha que ir atrás de você, te babar.
Lá estava, com sua cara linda e louca, num quarto, bagunçado, até me lembrou o seu. Com aquele olhar de: pronto, aqui estou. E eu, com ar de cansada, enlouquecida por aquela busca. Por isso mesmo tudo me pareceu tão real.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Próximo
por Tati Moraes
Exagerada, eu? Não, sem drama. Eu sei que você não é igual aos outros, posso imaginar, me perdoa a comparação. É que prefiro não me magoar mais uma vez. E eu já acreditei em tanta coisa que não era para acreditar. Desacreditei quando era para ter apostado todas as minhas fichas. Agora...
Não, claro que você não tem culpa. Desculpa, eu. Mas, é que eu não sou só legal. Saio do eixo de vez em quando. São muitas vezes por semana, tudo bem? Mas toda mulher sai. E ninguém é só legal. Tá rindo...
Eu vou te pedir. Aqui, deitada sobre seu peito, aproveitando esse clima bom: Não me prometa nada. Nem diga que vai fazer alguma coisa, que na verdade, nem tinha passado pela sua cabeça até você vir para me ver. Entendo que eu não fazia parte dos seus planos, imprevistos acontecem.
Exagerada, eu? Não, sem drama. Eu sei que você não é igual aos outros, posso imaginar, me perdoa a comparação. É que prefiro não me magoar mais uma vez. E eu já acreditei em tanta coisa que não era para acreditar. Desacreditei quando era para ter apostado todas as minhas fichas. Agora...
Não, claro que você não tem culpa. Desculpa, eu. Mas, é que eu não sou só legal. Saio do eixo de vez em quando. São muitas vezes por semana, tudo bem? Mas toda mulher sai. E ninguém é só legal. Tá rindo...
Conto os minutos, de um tempo que não passa, para você ter nome. Ter cheiro, tamanho e corte de cabelo. Ou falta de corte. E ter um colo bem grande para eu caber inteira. Está chegando? Ainda preciso tomar um banho, mas fico pronta rapidinho.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Carochinha
por Tati Moraes
É um conto, faltou a fada. Sabe quando conselhos insistentes dizem que nada cai do céu e que a felicidade não vem bater à sua porta? Pois bem, ele veio, chamou pelo interfone. Ah, o destino...
Tinha altura de príncipe - logo reparei - e nome de anjo. Carinhoso, daqueles que só pára de beijá-la para dizer como é lindo seu o seu olhar. Desses que te cuida, adepto das mensagem de bom dia. Sorri para tudo que você faz. Café da manhã juntos no dia dos namorados.
Você não sabe exatamente porque ele entrou na sua vida, mas te fez forte, segura e sincera. Quem sabe corajosa de uma vez por todas. Você se joga, livre, serena e feliz.
E ele, some. Puf! Deve ter tido que voltar às pressas para a nuvem de onde caiu. E lá celular não pega. Deve ser por isso o “número inexistente”. Aposto, não fosse isso, ele ligava. Tão igual aos outros. E você chegou a pensar que esse, ah, finalmente, é diferente... Tolinha.
É um conto, faltou a fada. Sabe quando conselhos insistentes dizem que nada cai do céu e que a felicidade não vem bater à sua porta? Pois bem, ele veio, chamou pelo interfone. Ah, o destino...
Tinha altura de príncipe - logo reparei - e nome de anjo. Carinhoso, daqueles que só pára de beijá-la para dizer como é lindo seu o seu olhar. Desses que te cuida, adepto das mensagem de bom dia. Sorri para tudo que você faz. Café da manhã juntos no dia dos namorados.
Você não sabe exatamente porque ele entrou na sua vida, mas te fez forte, segura e sincera. Quem sabe corajosa de uma vez por todas. Você se joga, livre, serena e feliz.
E ele, some. Puf! Deve ter tido que voltar às pressas para a nuvem de onde caiu. E lá celular não pega. Deve ser por isso o “número inexistente”. Aposto, não fosse isso, ele ligava. Tão igual aos outros. E você chegou a pensar que esse, ah, finalmente, é diferente... Tolinha.
Para te fazer entender
por Tati Moraes
Na verdade, ainda é. E dizer não para você me dói e custa um preço tão caro, que tenho medo de me arrepender.
Te ver com aquele olhar pidão, te ouvir falar, do seu jeito bobo, que me quer, me fizeram lembrar dos nossos momentos bons e mesmo com você ali, à minha frente eu sentia saudades suas.
Saber que você nunca vai poder ser o homem que desejei e diante de você me sentir tão segura, como nunca fui antes, não me faz melhor. Me faz lamentar pelo que não fomos. E eu quis tanto.
Eu já não sei em que tempo usar o verbo gostar, porque pratico o superar e o resistir, com você aqui, assim tão fácil me querendo... Por uma festa. E eu que te quis por esta vida e não tive.
Que desejei seus breves momentos de lucidez e todos os seus defeitos. Detalhes de você que dormiram e acordaram comigo por todo este tempo. A sua voz rouca, que eu adoro. O jeito de você me beijar. Seu modo de se mexer enquanto conversa. O jeito como você olha no olho quando fala e principalmente quando escuta, pena não registrar quase nada. Você ansioso, suas angustias, seus medos e seus sorrisos, conheço todos. Sua respiração enquanto dorme... Mimado, lindo e maluco de perda.
Pena que não foi você. Mesmo eu insistindo, tentando muitas vezes, abrindo mão, me fazendo de resolvida, a que aceitava tudo, ou melhor, a que aceitou o quase nada que você me deu tendo passado anos.
Você não foi o meu namoradinho, você passa muito longe de ser perfeito e não quis perceber esse amor todo. Você não consegue gostar nem de você, como eu pude querer que gostasse de mim?
Mesmo assim, me envaideço com cada elogio, cada pequena demonstração de afeto e de desejo. Foi quando tive você de algum jeito. No tempo do seu abraço, nas tantas vezes que não quis sair dele. No toque do meu telefone, que desenhava seu nome no display. Nos segundos que observo você caminhando até mim. Nas vezes em que você chegava, porque as em que você ia, me causavam dor. Nunca gostei de me despedir de você, eu nunca sabia quando voltaria a vê-lo.
Vai ver, aprendi, e por esse motivo saí sem dizer tchau dessa vez. Vez sem nada, sem jeito, sem beijo, sem mim completamente refém de você. Com amor, ainda, mas sem esperança.
Tudo me fez crescer. Quando doeu e quando fui feliz, até que consegui entender que não há futuro para nós. É por isso que parece despedida, como você pode perceber. Talvez seja. Eu não vou poder ficar por muito tempo mais. Um dia você vai me perdoar por isso, se você puder aprender o que é amar...
Eu é que não sei se vou conseguir te esquecer completamente. Pode ser que aconteça quando eu me apaixonar mais uma vez.
É isso que eu quero para mim agora. Ficar pode ser um engano, forçar algo que não existe mais. E eu mereço que o amor exista para mim.
Eu não sei como começar o que parece ser o fim. Porque eu não planejei esse momento, eu não quis que fosse assim, sempre achei que poderia dar um jeito, driblar o destino e não deixar o final chegar.
Mas, todo dia chega e o que tem que acontecer nele, acontece. É a vida que decide. Mesmo que eu não quisesse, mesmo que você jamais aceite. Para você o que muda, mesmo sem saber, é que vai perder um dos seus vícios, eu. Enquanto aqui, no meu peito, vai ficar um grande vazio, espaço de amor. Era muito amor.
Na verdade, ainda é. E dizer não para você me dói e custa um preço tão caro, que tenho medo de me arrepender.
Te ver com aquele olhar pidão, te ouvir falar, do seu jeito bobo, que me quer, me fizeram lembrar dos nossos momentos bons e mesmo com você ali, à minha frente eu sentia saudades suas.
Saber que você nunca vai poder ser o homem que desejei e diante de você me sentir tão segura, como nunca fui antes, não me faz melhor. Me faz lamentar pelo que não fomos. E eu quis tanto.
Eu já não sei em que tempo usar o verbo gostar, porque pratico o superar e o resistir, com você aqui, assim tão fácil me querendo... Por uma festa. E eu que te quis por esta vida e não tive.
Que desejei seus breves momentos de lucidez e todos os seus defeitos. Detalhes de você que dormiram e acordaram comigo por todo este tempo. A sua voz rouca, que eu adoro. O jeito de você me beijar. Seu modo de se mexer enquanto conversa. O jeito como você olha no olho quando fala e principalmente quando escuta, pena não registrar quase nada. Você ansioso, suas angustias, seus medos e seus sorrisos, conheço todos. Sua respiração enquanto dorme... Mimado, lindo e maluco de perda.
Pena que não foi você. Mesmo eu insistindo, tentando muitas vezes, abrindo mão, me fazendo de resolvida, a que aceitava tudo, ou melhor, a que aceitou o quase nada que você me deu tendo passado anos.
Você não foi o meu namoradinho, você passa muito longe de ser perfeito e não quis perceber esse amor todo. Você não consegue gostar nem de você, como eu pude querer que gostasse de mim?
Mesmo assim, me envaideço com cada elogio, cada pequena demonstração de afeto e de desejo. Foi quando tive você de algum jeito. No tempo do seu abraço, nas tantas vezes que não quis sair dele. No toque do meu telefone, que desenhava seu nome no display. Nos segundos que observo você caminhando até mim. Nas vezes em que você chegava, porque as em que você ia, me causavam dor. Nunca gostei de me despedir de você, eu nunca sabia quando voltaria a vê-lo.
Vai ver, aprendi, e por esse motivo saí sem dizer tchau dessa vez. Vez sem nada, sem jeito, sem beijo, sem mim completamente refém de você. Com amor, ainda, mas sem esperança.
Tudo me fez crescer. Quando doeu e quando fui feliz, até que consegui entender que não há futuro para nós. É por isso que parece despedida, como você pode perceber. Talvez seja. Eu não vou poder ficar por muito tempo mais. Um dia você vai me perdoar por isso, se você puder aprender o que é amar...
Eu é que não sei se vou conseguir te esquecer completamente. Pode ser que aconteça quando eu me apaixonar mais uma vez.
É isso que eu quero para mim agora. Ficar pode ser um engano, forçar algo que não existe mais. E eu mereço que o amor exista para mim.
Para você, deixo as lembranças que tem da gente e todas mais que puder guardar por nós dois, vai que esqueço alguma em que você estava muito bobo. A certeza de que sempre estive ao seu lado e que eu te amei mais do que eu podia, bem mais do que você mereceu.
Mas olhar para você hoje, mesmo hoje, faz com que eu não me arrependa de nada. Durou o tempo que tinha que durar.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Dia de Sol
Por Renata Cordeiro
Abriu a cortina e sentiu tristeza. O dia estava lindo. Não combinava. Queria ver as nuvens carregadas no céu, queria ouvir a chuva forte, batendo no chão, varrendo tudo e molhando o vidro. Queria que o mundo também participasse do seu luto. Sentia o sofrimento de toda uma vida. Doía na alma, doía no corpo. Sabia que nada mais seria como antes. Era hora de dizer adeus.
Abriu a cortina e sentiu tristeza. O dia estava lindo. Não combinava. Queria ver as nuvens carregadas no céu, queria ouvir a chuva forte, batendo no chão, varrendo tudo e molhando o vidro. Queria que o mundo também participasse do seu luto. Sentia o sofrimento de toda uma vida. Doía na alma, doía no corpo. Sabia que nada mais seria como antes. Era hora de dizer adeus.
Mas como se despedir de tudo?O que fazer com os planos de viver juntos, de comprar um carro, de mobiliar o apartamento, de casar naquela igrejinha branca no fim da rua? Como não ter os filhos que já tinham nome? Como não brigar e fazer as pazes?Como não surpreender, não decepcionar, não trazer alegria?
O dia não combinava. Teimava em dizer que a felicidade não havia morrido. Que crianças que já tinham nome não paravam de nascer. Que casais juntavam os trapos e escolhiam a almofada pro sofá da sala. Que a igrejinha branca, no final da rua, brilhava reluzente ao calor do sol. O dia que não combinava dizia, que apesar da dor, as possibilidades continuavam seu trabalho de abrir caminho para muitos outros destinos.O dia que não combinava estava ali para relembrar que o amor é dependente. Não nasceu para caminhar sozinho. Precisa de quatro pés, dois corações. Menos que isso não vinga, não desabrocha. Morre.
Tirou o véu que cobria o rosto e enxugou os restos mortais das lágrimas que ainda rolavam sobre a pele. O luto precisava terminar. Ninguem disse que seria fácil. Mas o dia estava lindo e era chegada a hora de dizer adeus para a saudade dolorida de tudo aquilo que não viveu.
terça-feira, 29 de março de 2011
E então, você foi
por Tati Moraes
Eu vi, você está bem. Eu rezei tanto.
Quando te olhei, ainda de longe, eu tremia. E chegando perto de você então, parecia uma garota. Eu devia estar com um sorriso lindo, não estava? Deferente, eu? Você falou que estou diferente três vezes seguidas! E você, bom te ver assim... Não se preocupe à toa daqui a pouco tudo volta ao normal, você volta ao normal. Se bem que o seu normal nunca foi o recomendável. Como se para mim fizesse mesmo diferença.
Deve ser esse bendito olhar que você faz para mim. Não faz desse jeito na frente de todo mundo que eu sei o que você quer, mas não posso. Essa cara de quem precisa de carinho, esse jeito rebelde de não ser sozinho... E a gente quase não teve tempo para nós dois ontem. Tanta gente em volta, por pouco não mandei todos para o espaço. Eu só queria ficar com você. Eu posso passar anos longe, mas sei exatamente o porque ficar perto quando me vejo no seu olhar. Não tem como explicar. Ver você me trouxe uma paz. É alguma coisa que eu nunca tinha sentido antes com você.
A vontade era por você no colo como fiz com os "miúdos" que estavam na festa, beijar, embalar até dormir, mas não dava para ser ali. Fala de novo para eu te certeza de que eu não enlouqueci de vez. Repete. “Eu vou querer te ver”, fala! Eu e meu jeitinho de não posso te dar tão mole, foi por isso que eu me virei e fui indo embora. A vontade era me jogar em você. Não queria sair daquele abraço nunca mais, não queria deixa você ali sem mim. Que vontade de parar o tempo. Contando parece que foram horas e se ficamos cinco minutos sem ninguém nos velando foi muito. Mas eu, relembrei cada palavra, cara sorriso, cada gesto seu a noite inteira que eu não dormi já de saudade.
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