Eu estava mesmo querendo um incentivo para escrever, já fazia tempo que não exercitava esse meu lado literário. Então, ao assunto recorrente deste blog, lá vamos nós...
Li uma matéria recente sobre esse nosso assunto sempre pendente, relacionamentos. Pesquisas mostram que aumentou o número de bibliografias sobre este tema, e também mudou a forma como as pessoas encaram este tipo de leitura. Ah, as estáticas, como sempre! Aos fim da reportagem a conclusão é de que o gênero comportamento/auto-ajuda/humor agora tem outra “pegada”, ao que me pareceu, a mesma do "Conversa". Adianta chorar? Temos é que rir!
Então vamos à moral da estória (por sempre tem a moral da estória, não é meninas?). As mulheres mudaram sim e, não sei bem se por consequencia, os homens também mudaram. Alguém pode provar isso cientificamente, eu não posso. A máxima é que não muda, aquela de que todo mundo quer uma boa companhia. Compartilhar conquistas e angústias. No "fim" das contas, entenda como querer casar e ter filhos! E isso vai mudar algum dia, gente? Eu acho que não, espero que não.
O que parece diferente é a ótica sobre estas questões homem/mulher. As meninas não crescem mais procurando pelo tal de príncipe, um par perfeito ou o homem ideal, já foi tempo! Ou sou só eu que não tenho mais paciência para as bobeiras típicas dos meninos, e quero é ser feliz em companhia de um cara legal, que se faça valer à pena?
Me senti parte daquela pesquisa da revista. A “guerra dos sexos” mudou e o gênero literário que repercuti ela não podia continuar do mesmo jeito. Eu entro nessa parte, como se tivesse sido pesquisada. Li os “faça isso, não faça assim” publicados no final dos anos 90 início dos anos 2000. Continuo lendo coisas do tipo, só que agora me sinto, além disso, uma singela colaboradora - eu e minhas amigas protagonizando essas “doideiras” descritas aqui!- Querendo compartilhar experiências, sem ditar regrinhas de como fazer um relacionamento dar certo.
Não existem regras, todo mundo já pegou essa parte da "matéria"? Que bom! No máximo o que dá para fazer é ir percebendo para qual direção uma relação está apontando. Se para o norte, onde fica “pode beijar a noiva” ou para o sul, região do “fundo do buraco”, onde já estivemos pelo menos uma vez antes.
Amadurecer. Admitir. Perceber que o que mudou foi por dentro de nós, mesmo trazendo uma tristezinha, vez ou outra. E que as mulheres masi velhas são mesmo mais chatas! São mais exigentes e menos disponíveis, sacou? Estabelecemos outras prioridades, foi isso. Mas amor, continua sendo amor, pode ficar tranquilo. Não muda "o nome" só porque doeu, isso a gente também já sabe.
Voltando à matéria, uma antropóloga comenta para a revista dados sobre o aumento do número de casamento. Faz um comparativo com o crescente mercado literário que consumimos, e conclui: Não é que as mulheres não querem mais reeditar a história do casamento e filhos para criar, elas apenas estão levando mais tempo para realizar este “sonho” – A realização dos outros está demandando muito da nossa energia, admito. – e termina dizendo que com isso os homens estão desfrutando de companhias mais interessantes. Um gênio essa moça! A idéia é essa.
Para quem gosta, tem uma vasta lista de títulos novos sobre nosso assuntinho predileto. E como um bom título sempre me seduz, lá vão:
“A culpa é delas” (os três autores são homens),
“Ou casa ou vaza” (da mesma autora de “As 10 mulheres que você vai ser antes dos 35”, eu já li e gostei),
“Mulher perdigueira” e “Canalha!” (ambos de Fabrício Carpinejar, ganhador de um prêmio nacional de literatura em 2009. Já vi entrevista dele, o cara é muito bem humorado),
“Homem é tudo palhaço” (as autoras são três jornalistas que relatam desventuras próprias. Que idéia “estranha”! Elas devem ser uns ETs! - risos)
Ah, claro, sempre ela, Martha Medeiros. Vale a leitura da crônica “Doidas e Santas”.